terça-feira, 3 de junho de 2014

E de novo, mãe!

E então, grávida, de novo.

De novo, surpresa. Mas esta sendo a surpresa das surpresas.

E enquanto escrevo estas linhas penso em tantas coisas da minha vida.

Do que ouvi quando me separei, de que eu era a pior pessoa do mundo. De que só tinha ficado comigo por conta da gravidez, por conta da minha menina, tao linda, tão querida.

Essa fala me dói, até hoje, quando lembro do rancor e da verdade que ela tinha quando foi dita.

E o medo dessa situação se repetir, com outra pessoa.

Então estou sozinha. Às vezes penso que irremediavelmente só.

Colocar aqui que não sou uma pessoa controladora, ciumenta, ou isto ou aquilo, não faz de mim a melhor companhia do mundo.

Bem na verdade eu acho que eu sou a pessoa menos legal do mundo, pra não dizer a mais chata, para servir de companhia. Mas talvez seja para um outro momento, ou não.

O que eu sei é que agora vem um menino, estou grávida de 22 semanas, e muitas vezes me sinto profundamente triste, por muitos dias seguidos.

Tendo uma pequena de 6 anos para cuidar, um trabalho diário, que sou apaixonada, e um filhotinho que cresce e se alimenta de mim, e do meu amor, e do meu humor.

E às vezes eu só queria dizer: sabe filho, hoje a mamãe precisou muito de um colo, e não teve colo oferecido. Eu só queria que alguém, de verdade, gostasse de mim, desse jeitinho meio esquisito que sou.

Viver fora da caixinha, sem fazer parte de nenhuma tribo, não é bolinho não.

E tudo o que eu quero é ser feliz.

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